Amour continua a deixar a sua impressão digital por onde quer que passe. Na noite passada arrecadou mais um prémio para melhor filme estrangeiro, desta feita o Globo de Ouro. É com especial agrado que acompanho este percurso de vitórias do filme do austríaco Michael Haneke. Espero que se possa retirar daqui um prenúncio do arrecadar do prémio da Academia.
Não me posso pronunciar quanto a Argo, pois só o irei visualizar dentro de poucos dias. Não há dúvida de que Ben Affleck está em ascensão. A meu ver, tem maiores capacidades por detrás das câmaras.
Um dos maiores mistérios perante toda esta corrida aos prémios que tem decorrido nos últimos meses é o reconhecimento da Adele pela música que interpreta para o filme Skyfall. Não me interpretem mal, não tenho nada contra a senhora e acho que tem uma voz bastante boa, mas com os ouvidos bem abertos apercebo-me de que provavelmente compôs a letra da música na sanita. As rimas são desnecessariamente forçadas e revelam tudo menos originalidade. Nem o ritmo consigo apreciar. Mas pronto, são gostos e esta nem é das categorias que mais me capta a atenção na corrida aos prémios.
Quentin Tarantino. Um dos mestres indiscutíveis da construção de diálogos. Django Unchained é um grandioso pedaço da sétima arte. O prémio de melhor argumento está em boas mãos. E que dizer do prémio de melhor actor secundário atribuído ao Waltz? Mais do que merecido. Interpretação que me deixou colado ao ecrã.
E por mais anos que passem, nunca hei-de aceitar a divisão nas categorias Drama e Comédia/Musical.
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